24 de outubro de 2012

E havia mais ali. Muito mais do que os olhos podiam ver. Não era sempre perfeito, muito menos amigável. Por vezes, eles se pegavam imaginando onde isso iria parar, onde terminariam. Mas não bastavam apenas os olhares ou toques. Eles preferiam um ao outro eternamente a dor de não terem nada. Pois o nada era um sem o outro, o nada era estar vazio, longe do calor que os corpos projetavam em faíscas. Eram pequenas fagulhas que borbulhavam devagar, sonhos que transbordavam com imensos olhos vermelhos e brincalhões. Era só. Era um. Eram dois em um só corpo. Era uma alma gêmea que cruzara com sua semelhante. Não havia luta ou briga, pesadelo ou desesperança. Haviam dois corpos inocentes buscando o erro em aprendizado mútuo. Era o sonho… Sonho que muito poucos sonham. Ou quase ninguém vive. Era um sonho…

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