7 de novembro de 2013

Eu a perdi. Assim como você quase perdeu sua namorada e assim um cara quase perdeu sua esposa. Eu perdi, eles quase. Perdi por falta de preparo, ou por realmente não ter capacidade de ter um mundo em minhas mãos. Sinto sua falta, sinto nossa falta. Sinto o que não deveria e nem queria sentir. Nunca deveria ter sentido isso. Sim, por mais duro que seja, eu te perdi. E foi amor. Aliás, é amor, e será isso. Somente isso me dá forças, saber que mesmo sem te ter, eu ainda te enxergo de longe, te desejando tudo de bom. Porém machuca, porque amor, é laço, dos mais perfeitos, nunca é nó. Mas quem disse que laço também não aperta? E como aperta… e vira nó, talvez. Daqueles nós cegos, difíceis de arrumar. E já não é amor, nem é dor. É temor, é falta, é saudade… é o laço que deixou de ser belo, que deixou de ser presente. É o nó, aquele nó cego de tênis que te prende ao chão, o teu nó que me prende na perda. Mas mesmo assim, não reclamo. Eu sei do que você é capaz, do que será capaz, ao contrário da minha pessoa, da minha capacidade. Afinal, eu te perdi, por não conter forças suficientes para cuidar de dois mundos, ou o seu era grande demais para juntar-se ao meu. Eu sei, fui burro, idiota. Eu me esqueci, apenas. E contigo, foi o quase, comigo, aconteceu. Você só deve tomar cuidado, os ventos trazem, mas também levam, se preciso.

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