22 de janeiro de 2012

Suas mãos juntaram-se a minha cintura, segurando-me. Enquanto seus braços me envolvia em um abraço, não havia outro lugar melhor do que ali, com você. E segurei-o pela gola da camisa. Seus lábios encaixaram-se perfeitamente bem aos meus, podia-se sentir um choque térmico entre nós. Aquela corrente de energia que passava em mim. As palavras não saiam de minha boca, mas não havia nada pra falar. Fuzilou-me com os olhos, enquanto o silêncio falava por nós dois. Tentava detectar qualquer detalhe impercebível que passava por nós, observávamos quantos azulejos tinha na parede direita, apesar de sabermos de cor e salteado que eram trinta e dois. Ficávamos imóveis, um olhando para o outro. Observando a imensidão que tinha nos olhos de cada um. Notávamos que a lua estava cheia, e realmente linda. Fitou-me com seus olhos ofuscantes, e deu um sorriso de lado, tímido, vergonhoso. Olhava profundamente para os seus olhos e tentava desvendar os mistérios que haviam nele, percebeu que as suas pupilas dilataram. Observou a cor do cabelo e uma mexa loura que caia sob meu rosto, afastou-a de meus olhos. Aproximou-se mais, de leve, e sentiu-se inseguro, pois não sabia se o que estava fazendo era o certo, ou, a hora certa. Após estarmos mais pertos, um do outro, sussurrou baixinho em meu ouvido “eu te amo”. Sorri, e dei um beijo de leve. Não perdia a graça ficar lhe observando, nenhum pouco. Sentia-me completa por estar ao seu lado, e talvez não soubesse que sabia, mas atraía seu jeito de contrariar-me. Era a minha melhor companhia, e posso afirmar com quase toda certeza que também era a dele, pois, se não fosse, não estaria ao seu lado agora.

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