29 de janeiro de 2012

Eu odeio saber que fiz parte da tua vida, que de alguma forma eu te marquei. Odeio saber que meus lábios já tiveram em contato com os teus, que tua vida já foi motivo de alegria pra mim. Não consigo suportar a ideia de que meus sorrisos eram teus, que teu cheiro me enlouquecia, teu gosto me delirava, que teu nome me dava calafrios do pé à cabeça.  Eu definitivamente detesto saber que você marcou minha existência, que eu não consigo te esquecer, que meus dias estão uma verdadeira tortura, que não importando o quanto eu negue, decididamente, eu sou um grão de areia sem você. Eu odeio lembrar que não somos mais nada; que o nosso silêncio acabou saindo vitorioso. Que não fomos forte o suficiente, que minha fragilidade nos derrubou, que eu caí e você não fez questão de me levantar. Eu odeio te ver tão forte, tão impenetrável enquanto eu continuo amarrada a quatro paredes presa a qualquer coisa que lembre nós dois.

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